quarta-feira, 27 de abril de 2011

Jogo foi fraco, mas Messi estava em campo.

Não foi o jogo que o mundo esperava assistir, longe disso, mas como o Manchester United fez ontem o Barcelona praticamente assegurou a outra vaga na final da Champions ao bater por 2 a 0 o Real Madrid, no Santiago Bernabéu.
O que se podia esperar era um Real igual ao da final da Copa do Rei, fazendo marcação pressão e ameaçando o gol do Barcelona, o que não aconteceu. O time de Mourinho praticamente abdicou do jogo escalando cinco jogadores no meio campo com Ozil e Di Maria abertos tentando dar um pouco de companhia ao isolado Cristiano Ronaldo.
Com tanta retranca e pouco futebol o Barcelona também se viu encurralado e apesar dos 71% de posse de bola no 1º tempo, não criou quase nada com Messi, Villa e Xavi fazendo uma partida abaixo da média. A única boa chance foi com Xavi que se infiltrou na área depois de receber bom passe de Messi e chutou para a defesa do goleiro merengue.
Os nervos também estavam à flor da pele e entradas violentas eram vistas com certa freqüência sem que o árbitro alemão Wolfgang Stark tomasse uma providência e a confusão teve seu início perto dos 40 minutos quando Pedro foi derrubado por Arbeloa em um canto, enquanto no outro Daniel Alves e Ozil também se pegavam em uma disputa de bola, Piqué e Sérgio Ramos não deixaram barato e partiram para a discussão ríspida, o saldo de tudo isso foi só um cartão amarelo para Arbeloa.
As únicas chances do Real se davam em bolas paradas e a maioria delas pelo lado esquerdo com o argentino Di Maria sofrendo faltas para o cruzamento de Cristiano Ronaldo, que quando os fez acabava preferindo o chute ao levantamento para a área para tentar aproveitar a altura do time e em duas delas acertou a barreira.
A melhor oportunidade merengue veio no final quando Ronaldo arriscou de longe um chute venenoso para a defesa de Valdez, no rebote Di Maria ainda tentou marcar no rebote, porém, foi pego em impedimento.
Antes de entrarem para os vestiários houve tempo para outra confusão, Busquets teve o rosto acertado por Marcelo e os jogadores do Barça pediram a expulsão o brasileiro. Ao apito do juiz adivinhem o que aconteceu, briga, Keita, Pinto e Valdés discutiram com um membro da equipe merengue e sobrou cartão vermelho para o goleiro reserva na volta para o 2º tempo.
Na segunda etapa Mourinho veio com Adebayor no lugar de Ozil, mudança que ocorreu na final da Copa do Rei. Com 5 minutos, o português teve outra boa chance de abrir o placar, Di Maria lançou, Puyol e Piqué se enrolaram e o gajo bateu para boa defesa de Valdés.
Aos 15 minutos o jogo ficou parecido com o confronto válido pela Liga Espanhola, Pepe deu entrada violentíssima em Daniel Alves e levou o vermelho direto, virando desfalque para o jogo de volta, assim como o outro zagueiro Sérgio Ramos, suspenso pelo cartão amarelo. Na sequência do lance de Pepe, o técnico José Mourinho exagerou na reclamação e também foi expulso.
Com a vantagem numérica em campo, a equipe catalã começou a encontrar mais espaço e precisou dos 15 minutos finais para garantir a vitória. O primeiro gol começou com Afellay, que entrou no lugar de Pedro, o holandês passou por Marcelo e cruzou rasteiro para Messi chegar à frente de Sérgio Ramos e tocar para o fundo das redes.
Depois do gol o Barça continuou no toque de bola até encontrar o espaço novamente com ele, Messi, o argentino partiu com a bola dominada da intermediária e passou por Lass Diarra, Sérgio Ramos, Albiol e Marcelo e tocou na saída de Casillas, gol digno de Messi, o melhor do mundo.
No jogo de volta, terça-feira, no Camp Nou, o Real Madrid precisa ganhar por dois gols de diferença. Caso vença por 2 a 0, leva a partida para a prorrogação. Se vencer por 3 a 1 ou mais gols, estará na final, situação é idêntica ao confronto entre Manchester e Schalke 04.

terça-feira, 26 de abril de 2011

Manchester United mostra sua força e coloca um pé em Wembley.

Foi mais uma apresentação que comprova a força da equipe de Alex Fergunson e seus comandados, dessa vez a vítima foram os alemães do Schalke 04, mas a vitória quase foi impedida pela excelente apresentação do goleiro Neuer, que no 1º tempo era capaz até de agarrar os pensamentos dos atacantes do Manchester na etapa inicial, ao todo foram 18 chutes dos Red Devils com 10 em direção ao gol, oito deles o alemão pegou, mas nada pode fazer nos chutes de Rooney e Giggs no 2º tempo.
A equipe de Fergunson agora pode perder por até um gol de diferença na partida de volta que mesmo assim garante uma vaga na final, a quinta na sua história, que acontece dia 28 de maio, em Wembley,. Ao Schalke 04 só a vitória por mais de 2 gols interessa, caso termine 2 a 0, a partida irá para a prorrogação e persistindo o placar, pênaltis.
O jogo começou como era esperado, estádio lotado, torcida apoiando e com apenas 30 segundos, Van Der Sar já teve que fazer uma defesa em chute de longe de Baumjohann, a partir desse lance até o final do 1º tempo só era possível ver o ataque do Manchester aparecendo e Neuer defendendo.
Não conseguindo acertar uma saída de bola, um passe, os alemães se viram pressionados por todos os lados, chances com Rooney, Park, Hernández, Giggs e os Diabos Vermelhos não conseguiram passar pela muralha alemã, que aliás é cogitado para ocupar a vaga do goleiro holandês no Manchester, quando não defendia, a bola passava por cima como em finalização de Fábio ou a zaga travava no último momento
A segunda etapa continuou igual, no primeiro minuto Giggs cruzou da esquerda e Evra cabeceou para outra defesa de Neuer, no lance seguinte o galês teve outra chance cortando dois zagueiros dentro da área, mas finalizou mal e a bola acabou saindo longe.
Quando finalmente as redes do Veltins Arena balançaram o bandeirinha anulou corretamente, Chicharito recebeu em posição de impedimento e finalizou, porém, em impedimento. Aos poucos o Schalke 04 foi conseguindo equilibrar a partida, não levavam perigo no ataque, mas ao menos conseguiam manter os ingleses longe da sua meta assim dando um descanso para Neuer, é verdade que não durou por muito tempo.
Aos 22 minutos, Rooney deu encontrou Giggs livre na entrada da área, o galês só teve o trabalho de tocar entre as pernas de Neuer e comemorar mais um gol na Champions, esse gol o tornou o jogador mais velho a marcar pela Champions: 37 anos e 128 dias e assim deixando o italiano Inzaghi com o 2º posto, com 37 anos e 86 dias.
O gol deixou a equipe alemã ainda um pouco mais atordoada e 2 minutos depois foi a vez de Rooney ampliar depois de receber passe do mexicano Hernández e bater rasteiro para dentro da meta, os comandados do técnico Ralf Rangnick pouco só ameaçou em chutes de fora da área o que não trouxe muitos problemas para Van Der Sar. Com a vitória garantida, Alex Fergunson tratou de fechar o meio campo tirando da partida o coreano Park e Hernández para colocar Scholes e o brasileiro Anderson e esperar o tempo passar a vitória justa, mas ao mesmo tempo injusta quando se olhava na diferença vista no placar e partida que cada equipe fez.
A partida de volta acontece na próxima quarta-feira, no estádio Old Trafford.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Barcelona x Real Madrid (2º Ato)

Lembram da partida que aconteceu no sábado, só que dessa vez a partida era válida pela final da Copa do Rei? Então, o que se viu na primeira etapa foi o mesmo que aconteceu no Santiago Bernabéu, mas além da forte marcação merengue o time de Mourinho também ameaçava no gol do Barcelona e criou no mínimo quatro boas chances de sair na frente no placar, duas delas com Cristiano Ronaldo que parou nas defesas do goleiro Pinto. Foi um 1º tempo nervoso com entradas duras onde o juiz até poderia ter dado um cartão vermelho para Arbeloa que deu um pisão na perna da Villa.
Nos poucos momentos em que o Barça conseguiu sair do bloqueio do Real, o sistema defensivo se recompôs muito rapidamente. O sol quase saiu para o time de Madrid, Ozil cruzou e Pepe ganhou no alto de Daniel Alves e acertou o travessão do goleiro Pinto, que nada poderia fazer no lance.
Na volta dos vestiários a marcação pressão continuou, mas dessa vez ela foi feita pelo Barcelona e não pelo Real que se viu encurralado e nem contra ataque conseguia armar, com isso a equipe catalã tinha mais espaço para armar e Pedro começava a aparecer bem no jogo aberto pelo lado esquerdo, Messi achava espaço no meio e fez uma bela jogada achando Pedro no meio da zaga do Real, Pedro até balançou as redes no lance, mas o bandeirinha marcou o impedimento corretamente.
O time de José mourinho não existia no 2º tempo, Ozil que apareceu bem estava completamente sumido fazendo com que Mourinho colocasse Adebayor no lugar do alemão tentando dar um parceiro de ataque para o gajo.
Com o Real perdido só restava a Casillas salvar a pátria merengue e fez isso duas vezes em chutes de Messi e Pedro, o argentino, aliás, continuava a desmontar qualquer esquema defensivo que fosse montado por Mourinho.
O Barcelona continuava chegando com perigo, Iniesta arriscou e Casillas apareceu novamente colocando a bola para escanteio, só dava Barcelona.
A posse de bola já chegava a 67% para o time catalão contra 33%, só para se ter idéia, Di Maria só se preocupava em marcar Daniel Alves e esqueceu de atacar, esqueceu não, simplesmente não conseguia.
Só restava a Mourinho apostar no talento individual, mas como fazer isso se não conseguia ficar com a bola nos pés? Messi criava as chances e os companheiros desperdiçavam, era praticamente um ataque contra defesa.
Como a única chance era em um lance esporádico, ele quase apareceu com Cristiano Ronaldo, o português recebeu boa bola de Adebayor, mas foi travado na hora do chute por Daniel Alves, aos 44, Ronaldo puxou contra ataque e passou para Di Maria que cortou e chutou forte para belíssima defesa de Pinto, o empate no tempo normal era justo, mas merecia ser com gols, um tempo para cada equipe, primeiro do Real e segundo um domínio absolutamente catalão. E assim caminhávamos para a 1º prorrogação da história entre esses dois gigantes do futebol.
A prorrogação começou com vida fácil para os goleiros, vários erros de passes, mas em um dos contra ataques bem feitos, Cristiano Ronaldo ganhou na velocidade quase marcou, o chute saiu raspando a trave de Pinto, pouco tempo depois ele não perdoou, Di Maria e Marcelo fizeram boa troca de passe até o cruzamento do argentino para o português que ganhou de cabeça no alto para balançar as redes no estádio Mestalla.
Depois do gol Mourinho sacou Khedira e colocou Granero e assim terminava a primeiro tempo da prorrogação. Pelo outro lado Guardiola colocava Affelay no lugar de David Villa e Keita no lugar de Busquets para tentar o empate e levar o jogo para a disputa de pênaltis.
O segundo tempo era de pura raça, não tinha mais parte tática a equipe de Mourinho disputava cada bola como se fosse a última partida de todos os jogadores, já o Barcelona tentava na bola aérea, reflexo do desespero na busca do empate. No último lance Di Maria foi expulso por falta que deu a chance do Barcelona levantar a bola na área até o goleiro Pinto subiu ao ataque, na cobrança Xabi Alonso afastou para começar a festa merengue e comemorar mais um título, o 18º nesta competição e que venham as semifinais da Champions League.

sábado, 16 de abril de 2011

Real Madri x Barcelona (1º Ato)



Foi só o 1° de quatro jogos que os amantes de futebol terão o prazer de acompanhar nos próximos dias e talvez o que aconteceu hoje pelo Campeonato Espanhol, no Santiago Bernabéu seja o menos importante deles devido a diferença de pontos entre as equipes na tabela do Espanhol, 8 pontos de vantagem da equipe catalã sobre seu rival merengue. A equipe de Mourinho começou a partida marcando ainda no campo de defesa do Barça e fazendo que ela ficasse longe da área da equipe de Madrid, a saída de bola se dava pelos zagueiros e Messi que recuava para buscar a bola e sempre sendo seguido de perto por Pepe, dessa vez atuando como volante, mas o camisa 10 ainda assim quase marcou o seu gol, o argentino saiu na frente da Casillas pelo lado direto, na hora de finalizar tentou dar um toquinho por cima de Casillas que não teve dificuldades para fazer a defesa. O Real chegava através das bolas paradas, primeiro com Cristiano Ronaldo na cobrança de falta e depois com uma cabeçada após cobrança de escanteio. A posse de bola escancarava o quanto o time de Mourinho só pensava na marcação, eram 83% de posse de bola catalã. Aos 25 minutos, Villa saiu cara a cara com Casillas que saiu pra dividir, o atacante pediu pênalti que não foi marcado pela arbitragem, aos 29 foi a vez do Real ameaçar, depois da cobrança de escanteio, Di Maria foi encontrado livre, mas na hora de chutar mandou sem perigo para Valdés que só observou a bola sair. Aos 43, Messi cortou para a perna esquerda e finalizou forte para grande defesa de Casillas, logo em seguida foi a vez do gajo levar perigo. Depois de outra cobrança de escanteio, Ricardo Carvalho tocou para o meio e Cristiano Ronaldo cabeceou, mas Adriano cortou quase em cima da linha. E assim terminou uma tensa e tática primeira etapa, com um Real Madrid que pouco se arriscava no ataque e assim evitar grandes riscos para a sua defesa contra um Barcelona que mal conseguia sair da marcação imposta por José Mourinho, mas quando chegou levou mais perigo que os merengues. Logo aos 4 minutos do segundo tempo, Cristiano Ronaldo, dessa vez de falta acertou a trave de Valdés, que pulou, mas não chegou nem perto de defender. No minuto seguinte a resposta veio com gol de Messi, que bateu pênalti sofrido por David Villa, no lance o zagueiro Albiol ainda tomou o cartão vermelho. O jogo mudava, Pepe voltou para a zaga e Mourinho tirou Benzema e colocou Ozil, deixando assim Cristiano Ronaldo isolado no ataque. Se com 11 contra 11, o Barça já tinha mais posse de bola, com um a mais tocava e ameaçava mais o gol merengue, Xavi acertou a travessão em chute da entrada da área. Mourinho continuava mudando, tirou Xabi Alonso e Di Maria e colocou Adebayor e Arbeloa, já Guardiloa colocou Afellay no lugar de Pedro, sinal que os técnicos já pensam nos próximos confrontos. O toque de bola catalão continuava agora com extrema facilidade, Messi escapou de três e deixou para Villa finalizar nas mãos de Casillas. Depois do gol o jogo ficou morno, Real continuava sem ameaçar e o Barcelona ficava na dele, trocando passes esperando o final do jogo e o próximo encontro pela final da Copa do Rei, na quarta-feira. O jogo que parecia que terminaria com a vitória catalã, mudou aos 35 minutos, Marcelo sofreu pênalti cometido por Daniel Alves, Cristiano Ronaldo bateu e deixou tudo igual evitando mais uma derrota para o maior rival. Aos 44, Khedira ainda teve a chance da virada, o volante finalizou no meio do gol depois de passe de Adebayor. O empate não muda o quase certo titulo espanhol do time de Guardiola que continua com os mesmos 8 pontos de vantagem, ao Real Madrid resta saber que se armar uma forte marcação como fez hoje pode ter alguma esperança a mais de vitória nos próximos encontros pela Copa do Rei e Champions League.